Naufragamos sem pudor nestas notas. Entaladas entre o que queremos e o que julgamos querer. O que mata mais o amor: o excesso de paz ou de febre? «Eu penso em você e meu peito se abre feito uma fenda, o que eu sinto é uma presença, mas oposta à angústia – que também é sentida no peito. É como se uma ventania tirasse tudo do lugar e me deixasse ao mesmo tempo anestesiada e desperta. Eu nunca estive tão viva.» «Você na minha vida foi um trovão, a inevitabilidade de uma batida de carro, um tropeção, um engasgo, uma taquicardia, algo que não consegui escapar. Eu abri uma fresta, você meteu os dois pés e agora eu que lide com você ter tomado tudo me dando tão pouco em troca.» A autora nasceu em Campos dos Goytacazes, em 1985, e mora no Rio de Janeiro desde 2003. É escritora e guionista.
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