Em 2019, o Papa Francisco reuniu bispos do mundo inteiro para combater o flagelo dos abusos sexuais por membros do clero. Só dois anos depois é que a Igreja portuguesa decidiu apurar a dimensão destes crimes no país. A investigação do caso português foi então entregue a uma Comissão Independente, à semelhança do que já tinha acontecido noutros pontos do globo, em certos casos há mais de duas décadas. Enfrentando maior ou menor resistência, as conclusões desses estudos foram avassaladoras um pouco por todo o mundo -tanto pelo lado das vítimas, quase sempre descredibilizadas e carregando traumas para a vida, como pelo lado dos agressores, recorrentemente protegidos por uma estrutura de poder eclesiástico impenetrável. Em Portugal, quando finalmente foi levantado o pesado manto do silêncio, o retrato descoberto não foi menos chocante.
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